quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Volta ao mundo em 80 filmes


Esta é minha viagem pelo cinema Mundial,.Conhecendo e comentando de forma bem particular o cinema e películas de cada país.Começo a viagem pelo continente americano


Canada

             O cinema canadense como se sabe,é um duplo.Pela divisão em sua população,a industria deste país teve sempre dificuldades.Brincando com esse tema da duplicidade escolhi o filme DEAD RINGERS (aqui como GEMEOS –MORBIDA SEMELHANÇA).o filme é uma co produção EUA-CAN de 1988, estrelado por Jeremy Irons e Geneviere Bujold e dirigido pelo maior cineasta canadense:David Cronenberg.
            A historia verídica de dois gêmeos ginecologistas viciados, que trocam de lugar em qualquer situação,digo TODAS AS SITUAÇÕES,rendeu um dos melhores filmes de Cronenberg   (ao lado de A MOSCA,também do mesmo período).A Película tem todos os elementos do cinema mórbido de David,degeneração do corpo e da mente,masoquismo sexual,sonhos macabros ,todos aqui duplicados.Me vem a cabeça duas cenas magníficas,o sonho com gêmeos Xifópagos e a cena da sala de operação ,onde todos usam uma indumentária de um vermelho assustador que nos fazem lembrar de adoradores satânicos,nessa mesa de sacrifício um dos irmãos quer usar seus instrumentos ginecológicos que mais parecem aparelhos de tortura pré- medievais.Mas tudo feito com elegância por Cronenberg,até onde se pode encontrar elegância em um mundo tão destrutivo e degenerado...e duplicado também.




Estados Unidos


                  Falar do cinema americano é um pouco redundante,pelo seu tamanho,significado e industria é “chover no molhado”ou outros ditados mais batidos.
                  Poderia escolher qualquer ano ou gênero que os americanos tem de sobra.Resolvi escolher um filme do grande Howard Hawks:
Jejum de Amor  (HIs GIRL FRIDAY) - 1940 com Cary Grant e Rosalind Russell
          Hawks,foi um grande realizador Americano que não é tão reconhecido, alem disso, ele representa a multiplicidade do cinema americano no seu melhor papel, é um dos mais ecléticos diretores do cinema,fez grandes filmes em vários gêneros:

Comédia: Levada da breca e jejum de amor
Drama de guerra: Sargento York
Western: Onde começa o Inferno
Policial: Scarface  e À Beira do abismo
Musical :Os homens preferem as loiras

Jejum de Amor é um filme adorável,O Screwball comedy (Genero a que pertence o filme)é um estilo em que a ação é interrupta,os diálogos são rápidos com situações de farsa e alguns elementos retirados dos filmes Noir. O gênero ainda tem a qualidade de abordar assuntos espinhosos,aqui  em especial, a exploração da mídia.Neste filme Walter Burns (Cary Grant) entra em desespero quando Hildy (Rosalind Russell) sua ex-namorada anuncia o seu noivado  e que esta deixando o emprego de repórter,da qual é empregada de Walter ,para se casar com um sujeito  de uma cidadizinha.  Mas como Walter é daquelas raposas charmosas ,ainda tem tempo de bolar um plano para adiar a ida de Hildy , utilizando-a para o famigerado”ultimo trabalho”,cobrir uma historia de assassinato .Acredito que fiz uma grande escolha nessa minha viagem. 

Mexico

          O cinema mexicano é um cinema é um dos mais fortes da America latina.Por lá surgem grandes nomes por todos os lados de um filme;tanto na direção nomes como Guillermo Del Toro, Alejandro Gonzales Iñarritu,Afonso Cuaron;fotografia como o excepcional Emmanuel Lubezki;também astros como Gael Garcia Bernal e Salma Hayek alem dos lendários Cantinflas Dolores Del Rio e Anthony Quinn.
             Depois dos Filmes sobre a Revolução Mexicana ,em especial Eisenstein que encorajou uma geração.Seu nome mais nome mais popular no pós-guerra foi um espanhol espetacular:Luis Buñuel,ele já tinha o prestigio quando ajudou o cinema mexicano a ser reconhecido no mundo inteiro.Ao mesmo tempo sua carreira foi consolidada em sua fase mexicana.Seu melhor Longa mexicano é sem duvida OS ESQUECIDOS(LOS OLVIDADOS) ,mas como a lista é de filmes que não tinha visto, não o comentei aqui.

O Alucinado  (EL) 1953- estrelando Arturo de Córdova e Delia Garcés

                 

Do filme tenho pouco para acrescentar,não esta entre os melhores de Buñuel mas possui suas assinaturas visuais e temáticas .Praticamente uma historia sobre a obssessão de um homem que conhece uma mulher durante uma missa.O ciúme do protagonista é surrealista assim como o peso que carrega nos ombros pela sua repressão religiosa.Os 15 minutos finais da produção são hilários e desesperados  e atiram em cheio no seu objetivo.Por que tanta culpa?











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