quarta-feira, 18 de maio de 2016

Tailândia - Volta ao mundo em oitenta filmes (Around the world in Eighty Films )

Cemitério do esplendor


                             Ao contrario do que se pensa hoje em dia, o Cinema Tailandês não é somente calcado nos atuais filmes de aventura, vem de uma linhagem longa iniciada no fim do século XIX, com grande sucesso nos anos 20 e ininterrupto durante a segunda guerra,  sempre produzindo  diversos gêneros. O que aconteceu foi um declínio no inicio dos anos 80 que prejudicou muito o cinema Tailandês, por causa do gigantesco aumento da televisão e problemas com distribuição.Nos anos 90 a crise asiática tambem ajudou no declinio.Porem , uma nova geração de diretores começou a surgir e tiveram muito sucesso com filmes de aventura ,ação, policiais e até westers.Uma espécie de New Wave traria novo folego ao Cinema Tailandês.
 

                             Pouco tempo depois um cinema alternativo apareceu, e com ele o seu lider: Apitchatpong Weerasethakul, trazendo um cinema totalmente novo.

                            Com movimentos de camera lentos e quadros estáticos, ele desenvolve uma contemplação única onde o homem se encontra com a natureza e com a fantasia.”Joe” como é conhecido , consegue fazer um cinema que borbulha fantasia de uma maneira natural, onde a revelação fantástica aparece de forma modesta e sem estardalhaço, mas que é desconcertante.

                           A história é a respeito de enfermeiras e cuidadoras de um hospital onde soldados são tratados depois de adiquirirem uma doença que os faz dormir interruptamente. Algumas delas conseguem se comunicar com os pensamentos dos doentes.Cemitério do esplendor lembra muito a fantasia em Tio Boome, e sempre de forma quase corriqueira.É tambem um de seus filmesmais politicos.

                          Apitchatpong Weerasethakul é daquele grupo de diretores (como Parajanov) que não se sabe bem por onde começar a ver seus filmes, afinal o diretor trabalha de forma muito particular, e não muito mainstream, trazendo singularidade ao cinema.
 
 Por Marcos Damiani Lobo.

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