sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A Invasão de um Bárbaro


 
Alexandre Callari e Pipoca & Nanquim

depois de sempre honrarem Robert E.Howard

surpreendem com a edição mais completa

de Conan lançada no Brasil em todos os tempos

 
    Hoje o cinema dará lugar a fantasia de um escritor.O interesse pelo fantástico esta crescendo de uma forma positiva no campo brasileiro, nossos tempos estão caóticos, o indivíduo esta com a critica baixada e a guarda cansada, gêneros como a ficção, o horror e a fantasia estão criando alicerces firmes na nossa “cultura nerd”.Os grandes autores estão sendo divulgados e editados no Brasil. Philip k. Dick, Asimov, C. Clark, Gibson, estão sendo editados como nunca por editoras como a Aleph.


No Horror a Darkside esta fazendo o seu papel, publicando gigantes como Poe e Lovecraft além de contemporâneos com Barker. Agrega-se a isso livros de Tolken e Quadrinhos como Black Hole de Charles Burns.

Voltando aos revisionismos que nos cercam, os pulps da ficção barata estão nessa nova plataforma de boa literatura, afinal se Genios como Asimov e Dick escreviam para essas revistas baratas, temos que ficar de olho em outros nomes.Um dos primeiros nomes foi o de Jack London, agora , pelo menos para nós o outro nome é do pai da Espada e Feitiçaria, Robert E. Howard.

Robert, como se sabe publicou nas revistas pulp como Weird Tales, personagens como Kull e Solomon Kane surgiram, mas nenhum deles não teve o mesmo alcance de Conan, o Bárbaro, que além dos livros, esteve em todas as mídias possíveis, mas seu autor estava em uma situação da seguinte forma, um cara que teve uma boa ideia, e só isso. O filme de John Milius despertou uma Conamania que alguns se lembram, um desses que se lembram é um dos maiores defensores de Howard, o nome do Guerreiro é Alexandre Callari da Nau Pipoca & Nanquim.

Alexandre traduziu na época do famigerado filme estrelado por Jason Momoa de 2011 um livro de titulo Conan, O barbaro pela Generale que reunia algumas histórias de Howard, mas não apenas como tradutor, Callari e seus parceiros de guerrilha sempre trouxeram para o publico o lançamento de obras relacionadas a Howard, independente da Editora e do gênero, seja quadrinhos ou literatura, Alexandre sempre indicava, um Canal como Pipoca & fez um excelente serviço para Howard e agora eles se superaram, provavelmente o Site/canal/agora editora faz o mais completo material a respeito de Conan.

O lançamento da obra com detalhes da edição (a Partir de 14 minutos e 45 segundos)



Certamente esses combatentes ganharam a batalha brasileira para Howard e o lançamento desta obra de arte (em três Volumes)é o maior elogio que um autor do calibre de Howard merece em qualquer lugar do mundo. Parabéns para essa equipe e que a editora tenha vida longa com varias aventuras e continue triunfando suas batalhas em nome de Crom.

comentário sobre Solomon Kane
No lançamento de O Mundo Sombrio:

Além das Histórias de Conan, outros livros  das aventuras e mistérios proporcionados por Howard desembarcaram no Brasil. Todas as edições de histórias de Robert não estreladas por Conan:
 
 
 
 
 
 
 
1944 – Os Mais Belos Contos Terroríficos.Ed.Vecchi.347 Paginas (na verdade um livro de coletanias de vários autores como Edgar Allan Poe, E.T.A.Hoffman, Guy Maupassant e Howard)

 
2006: As Fabulosas Aventuras de Salomão Kane.Ed.Saída de Emergencia.192 páginas.
 

 
 
2012 – A espadachim e Outras Aventuras Históricas.Ed.Exilado dos Livros.212 páginas.



 
 
 
 
2012 – A sombra do Abutre.Ed.Arte e Letra.88 paginas.

 
 
2013 – Crônicas de Espada e Magia.Ed.Arte & Letra.300 Páginas.(Outra antologia que reune entre outros George R.R.Martin e Howard).

 
 
2013 – Rosto de Caveira, Os Filhos da Noite e Outros Contos.Ed.Martin Claret.305 Paginas.

 
2015 – Solomon Kane.Ed Generale.256 páginas.

2015 – O Mundo Sombrio:Histórias dos Mitos de Cthulhu.Ed.Clock Tower.352 páginas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Conhecendo Jean Vigo

           
                           Um pequeno aviso: o que se pretende aqui no Planos Lupinos, não é ficar minuciando biografias e sim apresentar os jogadores da arte. Portanto  vamos ao homem.
                      Acho que muitos já conhecem, e é difícil apontar um culpado que não goste de Jean Vigo (1905-1934), o desgosto do miserável precisa ser analisado. Existe um clichê que diz que o diretor é o Rimbaud do cinema, é um clichê verdadeiro que existe apenas para coloca-lo na posição que merece, um grande poeta, no caso, do cinema .
                     Vigo nunca fez sucesso vivo, no trajeto trágico teve que vender sua câmera, morreu de tuberculose. Poderia ser um gigante mundialmente conhecido como Renoir, nunca saberemos. Poderia fracassar com outros projetos como Eisenstein, nunca saberemos. Como o gigante russo, marcou seu nome com filmes influente que ainda trazem o ingrediente da bela poesia, influenciando gerações e outros titãs como Truffault , Resnais e Anderson.Sim são apenas esses filmes, mas não foi necessário muitos para ele deixar sua marca, aqui estão suas obras:


À Propos de Nice 1930 -25 m.
 

★ ★ ★
               Jean tinha uma amizade, o amigo a proposito era o diretor de fotografia Boris Kaufman, irmão de Dziga Vertov, a anarquia e criatividade são de família. Ângulos criativos e inusitados trazem a tela a dança da bela cidade, pares contrastantes, marés e trabalhadores, pares feitos de velas, expectadores de uma partida de tênis e bocha, de bundas e pobrezas. A poesia francesa dançando com a forma soviética.


Jean Taris 1931.9m
★ ★ ★
Vigo antecipa em anos as qualidades da bela dama cineasta de Hitler, Leni Riefensthal, que em sua maior obra, Olympia traria de mais aperfeiçoado, o corpo humano. O diretor usa close-ups e câmeras lentas para admirarmos o atleta Taris






Zero de Conduta (Zero de conduite)1933.47 m. ★ ★ ★ /
 
 
 
                        O excepcional Os incompreendidos de Truffault,a obra-prima de Anderson, If..., são filmes que foram influenciados por Vigo, portanto a anarquia infantas de crianças em uma escola nasceu dessa maravilhosa película, invasão a escola, já!  

O Atalante.1934.89 minutos. ★ ★ ★ ★ ★



Uma obra difícil de falar. Eu sou contra a analise muito engendrada dos grandes clássicos porque se não existe uma idéia realmente nova, não precisa de tanta analise para se ficar debruçando, O Atalante é o testamento de um gênio, concebido na tradição do cinema poético francês, ele nos mostra as dificuldades do amor, a paixão vem e com ela navegando pelas aguas da vida ( o Atalante é o navio onde os jovens vivem)as turbulências, traições, desconfianças, brutalidades e interesses .O horror da incerteza e o caminho ao sublime numa obra inesquecível.
 




terça-feira, 26 de setembro de 2017

Volta ao mundo em 80 filmes (Around the World in Eighty Films)


Japão

O Gosto de Chá ( 茶の味 - Cha no Aji ou The taste of Tea) – 2004

De Katisuhito Ishii.Com: Tadanobu Asano.



                           Finalmente chegamos a um glorioso pais de extrema tradição e qualidade do cinema. Como a comida, os pratos são sofisticados e lindos. Japão é um dos países mais equilibrados em produção, desde que se desvencilhou das amarras do teatro, isso lá pelos anos 1910, o pais nunca deixou de produzir, a partir dos anos 20 e pelos tortuosos anos da segunda grande guerra, revelando cada vez mais gênios nesta época (de Mizogushi, Naruse ,Ozu e Kurosawa) continuando uma época de ouro com clássicos com o surgimento de gênios de outros movimentos como A nova onda japonesa que é tão excepcional quanto a Nouvelle Vague francesa. Sempre se reciclando, sempre produzindo gêneros particulares, como o Anime , Chanbaras e os filmes Pink. É um cinema que necessita de mais tempo, e mais engendro acadêmico deste blog.
                       Muitos fãs dos filmes japoneses muitas vezes se contem com os animes e filmes mais modernos, que de vez ou outra acabam tendo algumas obras-primas, com A viagem de Chihiro (2002), A partida (2009) ou até mesmo Ninguém sabe (2004) Pais e Filhos (2013)de Koreeda. Muitos e muitos textos serão feitos, de movimentos e filmes, aqui eu escolhi um grande filme para se descobrir, O Gosto do Chá (2004).

                      O filme se não tivesse um diretor talentoso cairia em uma vala de filme esquisito, confuso com personagens bizarros, atuações no melhor estilo anime, graças a todo um conjunto de felicidades O Gosto do Chá é uma proeza poética.

                       Anteriormente o diretor era muito inspirado nos filmes de Tarantino, uma onda que tomou o cinema por uma década e meia. Clones de Tarantino surgiram a rodos, mas nenhum com seu talento, Katisuhito estava na onda Tarantino. Sem esquecer sua assinatura, trazendo uma interessante dinâmica ao filme, ele ainda mistura o cinema moderno japonês, aos realismos fantásticos de sua maior fonte nesse filme: Ingmar Bergman. O próprio Diretor afirmou que O Gosto do Chá é uma versão surreal de Fanny & Alexander (1982).

                       Portanto, o enredo se assemelha a obra-prima de Bergman, temos a família de artistas em situações que envolvem seu cotidiano doméstico e artístico, o velho tentando buscar uma chama dentro dele seguencia de Anime, trens saindo de testas, além do melhor conflito de uma criança com o seu duplo, flores nascendo e engolindo o mundo. Poderia ser um desastre pretensioso, mas é uma bela comédia dramática cheia de poesia.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Melhores mexicanos do século XX


FILMES MEXICANOS DO SECULO XX

7 grandes filmes mexicanos.

                                  O México é provavelmente um dos grandes do continente americano, sua eclética filmografia , abrangendo filmes de ação, trilhers, comédias, dramas e terror ,a  produção vem desde o inicio do cinema, muito do que foi produzido nos anos de 1930, período influenciado por Eisenstein é um período clássico que se destaca .Passando por varias indicações a prêmios , é um cinema que ainda produz excelentes filmes como "O Labirinto do Fauno (2006)" e " E sua mãe também (2001)".Abaixo, uma pequena lista do que talvez sejam os melhores filmes mexicanos do sec.XX.

7. A pérola (La Perla) - 1989 - Emilio Fernández


                          Não escapa das armadilhas melodramáticas que o cinema pode fornecer, a escala de itens piegas estão todos lá , porem a má impressão é desfeita após a projeção.
                           É sobre um casal simples, o homem é um mergulhador que encontra o que pode ser a saída da miséria de sua família, uma perola que também traz os abraços da miséria humana, oferecidos pelos braços dos habitantes locais.
                          O filme é um exemplo da época de ouro do cinema mexicano compostos pela  câmera de Gabriel Figueroa, a interpretação de Pedro Armendáriz e a sensatez de Maria Elena Marqués.






6 -Santa Sangre - 1989 - Alejandro Jodorowsky


                          Muitos conhecem Jodorowski por causa da A Montanha Sagrada (1973)seu filme mais fácil de encontrar. A montanha Sagrada tem defeitos sentidos na parte onde os personagens fazem uma espécie de treinamento, porem sua concepção é maravilhosa, remontando os melhores momentos das influencias mencionadas. Como se The Doors se resume-se a Break on Through. Assustador, não cotidianamente assustador, assustadoramente simbólico e freudiano. Usando de tempero e inspiração Fellini e Parajanov, Jodorowski traz a saga de um homem chamado Fênix, um homem nascido no circo e sua estranha incestuosa e complementar relação com a mãe traída.


5 - Macário - 1960 - Roberto Gavaldon

 
 
 

 

 
                            O autor original da obra é o misterioso B.Traven, ele também escreveu O tesouro de Serra Madre, ambos os filmes tratam de sonhos de homens simples que encontram-se no caminho do infortúnio.
                           É uma fábula que poderia estar presente em qualquer canon do gênero. Um índio trabalhador vive nas margens da miséria e certo dia faz uma greve de fome até comer um peru assado inteiro, certo dia ele está prestes a trabalhar na floresta longe de casa e sua esposa acaba lhe arranjando o precioso prato. Na floresta prestes a devorar seu desejo ele tem encontros com o Diabo, Deus e Morte, a ultima ele lhe oferece metade do alimento. Uma série de situações inesperadas acontecem e o expectador encontra-se seduzido pela fantasia mexicana.


4 - Amores Brutos (Amores Perros) 2000 – Alejandro Gonzáles Iñárritu

Belos espécimes disputando rinhas, a primeira história de belos cães que lutam oprimidos (que não são de longe inofensivos) ilumina do que se trata todas as tramas marcadas por um acidente desta obra de Alejandro. O jovem com seu cão de rinha na primeira história, uma beleza mutilada como filmes de Buñuel, com problemas quando o seu precioso animal desaparece no soalho na segunda.

Perambulando nas duas histórias anteriores, um homem da limpeza e do cuidado, que apesar de aparentemente morar na miséria, realiza seu oficio com destreza, é uma linda história.

Sobreviventes tentando se agarrar em uma boia lançada no melhor Iñáritu.


3 - O Anjo Exterminador - 1962 - Luís Buñuel


                            Somente um mestre como Buñuel para conseguir contar uma grande história em tão pouco espaço sem parecer teatral. Luís em seu papel de grande artista nos livra das marras da passividade narrativa.

                      Engraçado mordaz e claustrofóbico, um casal burgueses recebe amigos para um grande jantar, após o evento eles inexplicavelmente não conseguem abandonar o local, uma força invisível os impede os faz passar dias lá e dias mascaras caem, o homem apodrece, é impulso de verdades alimentadas pela ironia de Buñuel. Genial.


2- El Topo - 1970 - Alejandro Jodorowsky


              O surrealismo agora encontra-se com o Western. Este duelo é sangrento e transcendente. A toupeira da qual o aviso no inicio do filme se refere, é o animal que passa a vida cavando para encontrar a luz, e quando a vê, fica cego.

                 O filme é uma imaginação felliniana e mística sobre um pistoleiro que anda no oeste com seu filho, enfrenta ameaças e casa-se com uma anã. Seria um resumo simplista do enredo, ficaria de fora todo o espetáculo visual e as reflexões de Jodorowsky. Maravilhoso.

1 - Os esquecidos - 1950 - Luís Buñuel



 
 
 

                         Minhas percepções de uma obra-prima de um dos maiores cineastas que jé existiram.O grande trunfo é o casamento do surrealismo de Buñuel e o neo-realismo.
                         Em comparação de jovens delinquentes, Os Esquecidos , é certamente mais assustador e maldoso que Les quatre cents counps (1959) de Truffault. Soberbo, o filme tem vários momentos da demonstração das composições de imagem de Buñuel, aqui de formas inesquecíveis, seja um menino amamentado por uma vaca, close-up de uma mão em um quarto invadido por um vendaval ou até mesmo a tomada das costas de uma jovem banhada por leite, o gênio nos transporta para a pobreza da Cidade do México na historia de jovens delinquentes, em destaque para Pedro e Jaibo, envolvidos com crimes e perdição. Construção de uma narrativa perfeita em um dos maiores filmes latino americanos, e do mundo.
 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Volta ao Mundo em 80 filmes (around the world in eighty) Filipinas


Manila nas garras da luz (Maynila, sa mga Kuko ng Liwanag)
De:Lino brocka

Com:Hilda Koronel, Bembol Roco
 
                 Quantas vezes , quantas ilhas cinematográficas passamos para acharmos um filme das Filipinas? Aqui na terra abençoada brasileira uma película filipina é rara e se alguém ver em algum lugar vai achar que é coisa de japones, porque muita gente não gosta de filme japones porque são muito violentos (que na verdade confundem com filmes chineses de ação).
   
                    Enfim, tirando o absurdo do preconceito, cinéfilos preocupados tentam defender seus países cinematográficos preferidos e mesmo que para alguns seja difícil ver um filme filipino, vale a pena a tentativa. A produção nas Filipinas é algo enorme e é um dos mais populares formas de entretenimento do pais, desde o inicio do cinema com nomes como José Nepomuceno no período da década de 1910, Desde fantasias Wuxia a filmes dramáticos, passando até por adaptações de histórias em quadrinhos, slashers e eróticos a diversidade esta presente nos fotogramas das películas,   transformando as filipinas em um dos países mais ecléticos do mundo cinematográfico.

                      
                        O filme escolhido foi da segunda era de ouro do cinema filipino, a vanguarda conquista de vez as Filipinas, conturbado também foi o período, envolvido com leis marciais que transformaram os filmes em propagandas, conselhos e coisas do tipos nasceram no período dos anos 70 aos anos 80.

                          Trágico e selvagem Manila nas garras da Luz é muitas vezes considerado um momento resplandecente do cinema filipino, é direto e seu melodrama alcançou o mundo, falando não só de um jovem filipino proletário na cidade grande mas da própria capital onde o filme se passa. Existem momentos novelescos e trágicos, e o close final é inquietante e pouca vezes viso em um filme, tornando sua ultima cena inesquecível.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Conhecendo Jan Svankmajer


Um surrealista assumido, Jan é Tcheco nascido em Praga, e que ao lado de David Lynch é um dos maiores expoentes do que se chama surrealismo cinematográfico que surgiu dos anos 60 para cá.

A animação e os fantoches são suas maiores influencias estéticas, stop-motion, recortes e montagem rápida, assim como o reaproveitamento de materiais decompostos e massa moldável compõe as assinaturas de sua obra.

O cinema Tcheco sempre trouxe obras surrealistas notáveis e nos anos 60 , como os filmes As pequenas Margaridas e Valerie e sua Semana de Deslumbramentos, hoje pequenos clássicos. Svankmajer é até mais seguidor de Buñuel que Lynch, pelos temas e a obsessões com insetos, temas de comida, closes nas mãos e rostos (uma peculiaridade de Buñuel).Assim como sexo e humor negro temas caros ao surrealismo.





Curtas:
 
 

 

1964
O Ultimo truque
Poslední trik pana Schwarcewalldea a pana Edgara
1965
Johann Sebastian Bach: Fantasia
Johann Sebastian Bach: Fantasia G-moll
1965
Um jogo de pedras
Spiel mit Steinen
1966
The Coffin Factory

segunda-feira, 22 de maio de 2017

7 Filmes do Canadá


7 Grandes filmes do Canadá no seculo XX


                           O Canadá, como dito anteriormente na volta ao mundo, sofre com uma migração para os Estados Unidos, grandes diretores como Cronenberg e James Cameron migraram, mas mantém uma respeitosa filmografia mundial. No século XXI alguns clássicos surgiram, como Incêndios (2010) e a Obra Prima As Invasões Barbaras (2003), e lançando diretores como Denis Vileneuve que também já migrou. Aqui, minha lista dos 7 melhores filmes canadenses do Século XX:


7 – O Declínio do Império Americano (le Declin de L'empire Americain), de Denys Arcand, 1986.



                        Um dos filmes mais famosos do Canadá é a primeira parte de uma trilogia que tem As Invasões Barbaras e A era da Inocencia, Essa comédia dramática conta a história de amigos e professores que descorem vários assuntos e quatro amigas que saem de uma academia de ginastica que tambem são igualmente proseadoras.A segunda parte do filme eles se encontram para um grande jantar informal. Uma boa mistura intelectual e mordaz daqueles tempos “inocentes” como o diretor mesmo iria dizer futuramente.

6 – Jesus de Montreal, de Denys Arcand, 1989.



Alegoria do divino, o filme traz Daniel, um ator que quer encenar a Paixão de Cristo com seu grupo, a sua vida transcorre como a vida do filho de Deus. Sacrifícios e desafios como o do messias são experimentados por Daniel.

 
 
 
 
 

5 -Warrendale, de Allen King, 1967.


Documentário bruto e seco dos anos 60 sobre uma instituição para Adolescentes perturbados que tem uma espécie de tratamento “livre”. Causou muita polemica na época (foi feito para a TV mas não conseguiu ser lançado e migrou de mídia indo para no cinema) , um filme que apesar de ter envelhecido um pouco ainda é potente.



4 O doce Amanhã ( The Sweet Hereafter ), Atom Egoyan, 1997.



Alguns se lamentam mas esse é o filme que revelou Egoyan para o mundo. Conflitos de gosto a parte esse é seu melhor filme na minha doçura opinião. Um acidente de ônibus escolar destrói a vida de uma pequena cidade, explodindo de angustia seus habitantes. Filme desgraçado no melhor sentido da palavra.



3 – O gênio e excêntrico Glenn Gould em 32 curtas (Thirty Two Short Films About Glenn Gould ), François Girard, 1993.


Já conhecia o nome desse filme a muitos anos e apenas recentemente pude aprecia-lo, é um exercício formidável deve ter servido de inspiração a Tod Haynes criar I'm not There, uma cinebiografia experimental de Gould Na verdade são 32 curtas que são apresentados de forma aleatória a vida do gênio pianista, vivido por Colm Feore. Alguns são ensaios, alguns trechos de sua vida e alguns depoimentos de pessoas que conviveram com Glenn. Existem detratores do filme que o acusam de explorar muito as excentricidades do pianista, porem como forma o filme é deslumbrante.




2 – Gêmeos, Mórbida Semelhança (Dead Ringers), David Cronenberg, 1988.

Não dissequei-o, apenas o apresentei anteriormente. Estado de choque e melancolia. Cronenberg é um monstro falando das estranhas criaturas humanas, dois ginecologistas gêmeos. Eles formam uma única alma atormentada que incomoda o expectador e suas vitimas.


 
 
 
1 - Comprimento de Onda ( Wavelength), Michael Swon, 1967.



Para o primeiro lugar um filme incomum, que muitos não irão talvez concordar, mas os atrativos para os apreciadores do gênero experimental e estrutural é um deleite. Inquietante como poucos, o filme de 45 muitos é solidão e poesia, trata do mundo em uma caixa, um apartamento, tudo no infinito zoom que é o filme, enquadrando uma imagem na outra parede, um assassinato e Beatles fazem companhia ao processo.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Indonésia _Volta ao mundo em 80 filmes (Around the world in eighty films)

Merantau - 2009

Gareth Evans.Com Iko Uwais.


                     Para recomeçar Planos Lupinos de seu iato, chutando a porta e quebrando ossos, claro sem a perfeição que seus sucessores The Raid:redemption (2011)e The Raid 2:Berandal(2014) alcançaram, Dirigidos por Evans e estrelados por Iko, Merantau é o treino antes da luta começar, um belo treino.
                      Filme simples e básico , com suas prostitutas de bom coração, irmão que é criança/delinquente, o rapaz simples e ingênuo na cidade grande e o vilão ocidental . Reciclagem de quilos de filmes chineses , porem com coreografia crua e bruta , apresentando para o mundo a técnica do Silat, apresentando para o mundo a Jacarta quente e tensa.
                     O cinema indonês desde a era colonial (por Volta dos anos1900) Luta por alguma coisa, luta por um espaço e crescimento. Lutaram contra os holandeses depois contra a invasão japonesa, depois contra a censura setentista para terem sua suada liberdade nos anos 80 mas quando a luta parecia terminada a televisão e a pirataria, além de uma nova invasão de mercado estrangeiro dera um novo golpe no cinema da indonésia.
                    Derrubado, o cinema do país teve uma sobre vida graças a uma revolução de comportamento e o cinema independente foi o salvador. Os filmes começaram a crescer de 2009 para cá , Merantau e principalmente The Raid, foram filmes os que colocaram a Indonésia no mapa do Cinema Mundial.Por isso, Evans , Uwais e seus amigos de "briga" não podem ser jamais menosprezados e sim respeitados.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Planos Lupinos colocando a mão na massa

O blog anda parado por dois motivos, um é a loucura que esta a faculdade, mas por outro lado Planos Lupinos esta começando a lançar suas teorias cinematográficas e também as teorias ligadas ao desenho e todos os aspectos pictóricos , desde já peço desculpas por esses meses rasos.

Por favor ,fiquem ainda acompanhando a jornada...Pintura, desenho e cinema.Obrigado e desde já agradeço a paciência, esse é o primeiro de Post de uma nova fase.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Kammerspielfilm -Movimentos do Cinema Parte 4


Kammerspielfilm

Surgimento: Alemanha, década de 1920.

Quando se fala do cinema alemão no pediodo de Weimar, imediatamente pensamos no Expressionismo e seus filmes e cineastas geniais, mas esse monumento de movimento não esta solitário no periodo, eles dividiram espaço como outro movimento, O Kammerspielfilm.

Oriundo do teatro, o Kammerspiel(Peça Intima), criado pelo produtor e Diretor Austriaco Max Reinhardt trata de dramas ricos e revolucionários na época.Os filmes apresentam poucos diálogos e muita exploração do intimo dos personagens e trazendo as telas uma classe menos favorecida.Quase todos os poucos filmes do movimento são clássicos.


Principais Nomes:


F.W.Murnau (Friedrich Wilhelm Murnau)

Apesar de Murnau ser primeiramente identificado com o cinema expressionista (muito por causa do filme Nosferatu) ele é o maior nome desse movimento.

Ao lado de Lang, Murnau é um dos alicerces do cinema alemão e mundial.Um genio que fez obras-primas tanto no expressionismo(Nosferatu e Fausto), quanto no Kammerspielfilm , fazendo o filme mais emblemático do movimento(A ultima Gargalhada que certamente está entre os 5 maiores filmes alemães em todos os tempos e uma obra prima do cinema mudo)





G.W.Pabst

Outro gigante do cinema alemão, que assim como Murnau, deve ter uma atenção maior.Pabst é conhecido pela parceria com a atriz Louise Brooks e seus clássicos Kammerspiel, Diario de Uma garota perdida (Tagebuch einer Verlorenen) e A Caixa de Pandora (die Büchse der Pandora),ambos de 1929.
 
 
 

Lupu Pick

Romeno de Nascença, colaborou com o grande roteirista Carl Mayer. Colaborou com Fritz Lang trabalhando inclusive como ator em Espiões (1928).Teve carreira irregular no cinema, mas criou uma grande obra , Cacos (scherben,1921).

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Cinema Samurai 2- filmes da segunda caixa da versatil


DVD 1
 

A Espada da Maldição (Dai-bosatsu tôge / The sword of Doom) 1963

De:Kihachi Okamoto.Com: Tatsuya Nakadai e Toshiro Mifune.

O primeiro filme da segunda caixa da versátil sobre samurais é um dos melhores de toda a coleção. Tatsuya Nakadai atua como poucos em seu tempo, e transfere a bestialidade para o seu papel no filme. Ryunosuke é um monstro, que busca vingança. Contra um infeliz? Muito mais que isso, busca um caminho infernal. Uma maquina de ódio sem precedentes .Tudo isso acaba entrando no caminho de outro gigante da espada (vivido por Mifune).

Magníficos enquadramentos, Okamoto novamente desmascara a mística em torno dos samurais. O único ponto negativo da obra é o final repentino. O diretor planejava fazer uma trilogia samurai(como Inagi fez com Musashi, de forma bem sucedida),mas não conseguiu. Tenha em mente uma coisa, é um filme que junta Nakadai e Mifune, isso por si só já é obrigatório.



A Lamina Diabólica (Ken Ki / The Sword) 1963

De: Kenji Misumi. Com:Raizo Ichikawa e Akihisa Toda.

Tradicional filme de um homem (no caso um Jardineiro) com misterioso passado. Misumi tem uma capacidade de coerografar lutas como poucos, a construção de Jardineiro a assassino frio que quer salvar o seu Senhor é muito bem construida, assim como a fotografia e direção de arte.

DVD 2

Samurai Assassino ( Samurai / Samuari Assassin)

de Kihachi Okamoto.Com Toshiro Mifune.

Mifune é um pária social e espadachim que alia-se a vários clãs para lutarem contra o senhor Li Kamannokami, um homem que é braço direito do shogunato. A Aventura se passa no declínio da era dos samurais. Mais um grande filme de Okamoto.



A Espada do mal (Kedamono no Ken / Sword of the beast)

Hideo Gosha.Com :Mikijiro Hira e Gô Katô.

Intrincado Chanbara, é o filme posterior de Gosha depois do excelente Tres samurais for-da-lei. Samurai assassina um conselheiro esperando que esse ato reestruture o sistema de um clã. Começa nesse momento uma caçada impiedosa da filha e seu marido contra o foragido, que na fuga conhece submissos a outro clã. Um dos melhores de Gosha.
 
DVD 3
 
Tirania (Goyokin)
1969 de Hideo Gosha. Com Tatsuya Nakadai e Kinnosuke Nakamura.
Quantas tragédias podem mudar um homem?Aqui é uma brutal, e um jovem Tatsuya Nakadai tera que subverter as suas ordens, um ator como Nakadai e um mestre Jidaigeki como Gosha nos envolvem em uma obra amarga. Não se deve revelar muito da obra, não se trata de ser complexo e com reviravoltas mas em certo ponto é até simples , é uma vingança de um homem contra o seu passado, mas é um daqueles exemplos de um diretor certeiro na ação e na confiança em seu protagonista.
O Filho do Destino - 1962 ( kiru /Destiny's Son)
De:Kenji Misumi.Com:Raizo Ichikawa e Junichiro Narita.
O curioso é o roteiro ser de Kaneto Shindo, que na época tinha feito A Ilha Nua. Nota-se que ele fazia roteiros em que a trama principal poderia ser resumida em uma linha, mas mesmo assim no Caso de A ilha nua, sua narrativa era soberba. No caso deste filme, a história é bem contada por Misumi, mas o filme não tem nada de espetacular, seguindo a desgraçada vida de um jovem que teve sua mãe morta quando ele ainda era bebe .Sua vida continua , e como se ele fizesse justiça ao titulo em português, seu destino é permeado por desgraças pessoais.Bom filme.
Textos do blog por Damiani Lobo